domingo, 27 de novembro de 2011

Hoje eu quero agradecer...

Hoje eu quero agradecer a todas as pessoas que passaram pela minha vida até agora.
Quero agradecer aquelas que me deram amor, que sorriram pra mim quando eu precisava; que afagaram meus cabelos enquanto eu chorava; que me indicaram os caminhos; que seguraram minha mão e disseram: “vai em frente” quando eu dizia não consigo”.
 Agradecer aqueles que duvidaram de mim, que disseram que eu não era capaz e que deveria desistir; afinal foi por causa dessas pessoas que eu venci meus limites, que desafiei os acontecimentos e circunstancias. Foram essas pessoas que me impulsionaram a ser quem sou.
 Agradecer a todos os sonhadores, que mesmo falhando me convenceram que valia a pena tentar. Aos que me deram atenção e aos que me negaram também, isso facilitou distinguir o os amigos dos conhecidos.
 Agradecer ao que me ajudaram a estudar e aos que sempre me atrapalharam com suas conversas, piadas e travessuras. Sem estes, os anos de banco escolar não fariam sentido, afinal, é deles que saem os grandes amigos, as melhores festas, o primeiro amor...
 Agradecer aqueles que me repreenderam severamente, que me podaram o sentimento, que me traíram, que me trocaram por outras pessoas, que me fizeram chorar, que me magoaram que me tiraram o chão, que me desfiguraram os sonhos, pois com essas pessoas conheci a face da dor e da desilusão e pude aprender tudo o que NÃO se deve fazer para alguém.
 Mas...
Acima de tudo, quero agradecer aquelas pessoas amargas, corruptas, egoístas, traiçoeiras, invejosas, torturadoras, manipuladoras, sem caráter, que cruzaram o meu caminho, pois com essas pessoas eu aprendi a lição mais importante da minha vida:
 “O TIPO DE PESSOA QUE NÃO QUERO SER!”.

sábado, 26 de novembro de 2011

Selinhos

Olá pessoal, recebi 3 selinhos lindos da Ingrid do Blog da Ingridzinha, obrigado pelo carinho! Amei!!

A regra a repassar para 5 blogs:
Blog da Corujinha
Mulher Poderosa
Stories and Advice
Apenas uma Garota
Quebrando a cara com estilo

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

(...)

"Ninguém É forte ou fraco. Apenas você ESTÁ forte ou está fraco"

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A Notícia - Parte 3

Por Raí Silva
Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa ela vai para o banheiro. Passaram-se quase 30 minutos e ele que já preocupado a chama.

Ele: - Vai ficar aí dentro mais quanto tempo? Se morreu me avisa.
Ela: - Muito engraçado. Estou esperando você ir embora, afinal de contas meu quarto é um local particular.
Ele: - Sai logo daí e acaba com essa brincadeira porque já está passando dos limites.

Ela sai do banheiro enrolada na toalha, o cabelo molhado, senta-se na ponta da cama e enquanto passa hidratante nas pernas, dá continuidade à conversa.

Ela: - Mas eu não estou brincando. Você foi sincero quando disse que está confuso e por isso precisa de um tempo. Estou sendo sincera quando digo que daremos um tempo sim. Um tempo que vai permanecer por durante o resto da nossas vidas. Passamos um tempo juntos que acabou, quando estivermos separados esse tempo não poderá ser interrompido.
Ele: - Mas eu não estou entendendo porque você está agindo tão naturalmente, como se nada tivesse acontecendo.
Ela: - Ah, então você queria que eu estivesse sofrendo, chorando, desiludida e achando que o mundo se acabou, enquanto você arrumava suas malas e saia pela porta, triste por ter que deixar pra trás alguém que está cabisbaixa com um término? Oh querido, se isso seria bom para o seu ego, procura outra forma de se auto afirmar. Huumm, esse sabonete de Castanha do Pará é ótimo, né?
Ele: - Eu sempre te amei.
Ela: - Eu também.
Ele: - Eu sempre me dediquei completamente a você.
Ela: - Eu também.
Ele: - Eu sempre te respeitei.
Ela: - Eu também.
Ele: - Eu sempre te...
Ela: - Eu também, eu também, eu também. Eu sempre deixei de sair com as amigas porque tinha que fazer o almoço do dia seguinte, você também?

Silêncio.

Ela: - Eu sempre tive que lavar roupas depois de ter vindo do salão de beleza. Você também?

Silêncio.

Ela: - Eu sempre tive que aturar noites de ronco. Eu sempre tive que aceitar reuniões de amigos para assistir futebol aqui em casa. Eu sempre compreendi as suas cervejas do final da noite para distrair. Você também? Querido, eu sempre tive que esperar pelo dia que você me pediria tempo. Ai meu Deus!
Ele: - O que foi?
Ela: - Onde estão as malas? Esqueci onde as guardei.
Ele: - Se você se incomodava com essas coisas, porque nunca me contou?
Ela: - Pra quê? Sou adulta o suficiente pra saber que se não fossem essas coisas, seriam outras que me incomodariam. Então fui feliz com você durante todo esse tempo da forma como eu poderia ser. Foi legal. Ao menos você é bom de cama, pra mim uma coisa compensava a outra.
Ele: - E a partir de agora? O que faremos?
Ela: - Faremos? Você é insistente, hem?! Conjuga o verbo no singular meu doce. O que você fará eu não sei, mas eu sei exatamente o que vou fazer daqui pra frente. São tantos os planos, nem sei se terei tempo de vida suficiente pra colocar todos em prática.
Ele: - As vezes tenho a impressão de que você já estava preparada pra esse término.
Ela: - Já faz 3 semanas que não transamos. A média tem sido 1 transa a cada duas semanas. No início do nosso relacionamento, eram 2 vezes ao dia. Oh tempo bom. As vezes antes de sair pra trabalhar você esquece de me dar aquele selinho, no início você só faltava tirar minha roupa pra se despedir antes de ir trabalhar. Enquanto dormimos sou aquecida pelo seu ronco, enquanto você está na outra extremidade da nossa cama que parece ter crescido. No início do relacionamento eu era asfixiada pelos seus abraços e conxinhas pra você era uma ostra gigante, a cama parecia um beliche e você parecia um obeso que ocupava 90% do espaço, enquanto eu não conseguia nem me mexer entre suas pernas e seus braços. Por essas e por outras eu te digo: Claro que eu sabia, claro que eu estava preparada, claro que eu tinha percebido, querido.
Ele: - E você não fazia nada pra mudar essa situação?
Ela: - Pra que tudo isso que eu citei, e mais um pouco, acontecesse antes eu nunca precisei fazer nada além de ser eu mesma. Se o problema fosse comigo, com meu coração, com meu sentimento, eu teria feito alguma coisa. Se você deixou acontecer com você, não me culpe por isso.
Ele: - Esta sensibilidade só as mulheres possuem.
Ela: - Graças a Deus nós mulheres a possuímos. Repito: não me culpe por isso, querido.
Ele: - Eu quero tentar mais uma vez. Vamos passar por isso juntos.
Ela: - LEMBREI!
Ele: - De quê?
Ela: - As malas estão no outro quarto.
Ele: - Não vamos mais precisar das malas.
Ela: - Ah, vamos sim.
Ele: - Mas eu não quero mais tempo.
Ela: - E desde quando o tempo para? Tá precisando ouvir Cazuza, hem?

Ela levanta-se da cama e sai do quarto em direção ao outro cômodo onde estão as malas. Ele a segui.

Ele: - Deixe isso aí.
Ela: - Nossa, cheio de poeira.
Ele: - Larga isso.
Ela: - Larga você.
Ele: - Eu não vou mais embora.
Ela: - Vai sim.
Ele: - Solta isso.
Ela: - Para de me empurrar.
Ele: - Para com isso. Eu amo você, não quero mais ir embora.
Depois de ter tirado a mala de dentro do armário, ele segura na alça ao mesmo tempo em que ela também segura.

Ela: - Solta.
Ele: - Solta você. Eu não tenho pra onde ir.
Ela: - Tem sim. Volta pra o butantan.
Ele: - Pra onde?
Ela: - Pra cada de sua mãe.
Ele: - Para com isso. Solta a mala. Eu já te disse que amo você. Estou arrependido. Não consigo viver sem você. Vamos corrigir todos os erros que eu cometi.
Ela: - E os meus erros? Como vamos corrigí-los? Você não citou os meus ainda.
Ele: - Você não tem erros. Eu que vacilei.
Ela: - Nossa. Isso tudo por causa de uma noite na boate, bebendo e dançando com as amigas? Vou ensiná-las a fazer o mesmo quando o relacionamento de alguma delas entrar em crise.
Ele: - Solta a mala. Me dá mais uma chance. Você já me ensinou que eu não vou conseguir viver sem você e que jamais vou encontrar alguém tão perfeita quanto você é.
Ela: - Sabias palavras. Disso tudo eu já sabia. Mas não sei se posso confiar. Eu te amo, mas vc é um idiota. Eu te amo, mas você não está me dando valor. Eu te amo, mas eu precisei fazer isso tudo pra você entender a burrice que estava fazendo. Você precisou me perder antes mesmo de ter me perdido, pra conseguir perceber a importância que tenho em sua vida. Não sei se uma mulher inteligente feito eu pode continuar com um homem burro feito você.
Ele: - Então isso tudo foi proposital? Você planejou isso tudo?
Ela: - Claro. Cada segundo.
Ele: - Então, aprendi a lição. Vai soltar a mala ou não?

Ela estava olhando firme nos olhos dele, mas estava em dúvida sobre o que fazer, apesar de não demonstrar.

Para finalizar o conto será necessário que você dê sua opinião. E agora, o que ela faz? SOLTA A MALA e deixa ele ficar ou SEGURA A MALA para fazê-lo ir embora?

Após 10 opiniões eu escrevo a última parte da história de acordo com a vontade da maioria.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Notícia - Parte 2

Por Raí Silva
O carro para em frente a uma boate, as três amigas saem e dão a chave para o manobrista. O recem solteiro que as seguiu estava confuso, sem entender nada do que estava acontecendo, contudo decidiu entrar na boate. Lá dentro tentou uma nova aproximação da recem ex-esposa.

Ele: - Será que eu posso conversar com você?
Ela: - Ain, que susto. O que é que você tá fazendo aqui? A festa tá linda ne?!

Ele a puxa pelo braço, a tira da pista de dança e a leva para um canto qualquer, menos barulhento.

Ele: Você está jogando fora 5 anos de casamento. Suas atitudes estão me surpreendendo, por que você está fazendo isso comigo?
Ela (distraída procurando as amigas na pista de dança): O quê? Desculpa, mas aqui é muito barulhento. Não consigo te ouvir muito bem.
Ele: - Vamos sair daqui, agora!
Ela: - Sair? Ta louco? O ingresso aqui é caríssimo e a festa tá bombadíssima, querido!
Ele: - Você pirou, só pode ser. Não foi por você que me apaixonei.
Ela: - Mas foi essa mesma que te fez desapaixonar? Deixa eu recapitular. Voltei do trabalho pensando em fazer um jantar diferente pra você. Uma comida diferente, pra depois assistirmos um filme e ficarmos agarradinhos na cama até pegarmos no sono. Meu Deus, hoje é sexta feira. Você lembra quando foi a última vez que saímos pra dançar? Ai, deu sede. Vai beber alguma coisa?
Ele: - Não sei, talvez.
Ela: - Ah, você deve estar dirigindo. Garçon, quero wisky por favor. Com bastante energético que a pista me espera. Esse Dj é ótimo. Ah, e um refrigerante pra meu amigo.
Ele: - Eu não quero refrigerante e não sou seu amigo.
Ela: - Se decida. Vai beber ou não? Quanto ao "amigos", somos o quê então? Se tem uma coisa que não gosto é de regredir em minha vida. Chegamos a última etapa de um relacionamento amoroso, querido. A próxima etapa é o divórcio. Não temos como voltar a fita e nos assumirmos enquanto namorados, ou voltarmos ao noivado. Impossível. Vai querer o quê? Ser meu ficante?
Ele: - Deixa eu ver se estou entendendo, você não me ama mais, certo?
Ela: - Errado, você não está entendendo. Quem falou sobre o término foi você, não eu. Portanto quem não me ama mais é você.
Ele: - Mas você não está se importando com isso?
Ela: - Isso o quê? Sua falta de amor por mim?
Ele: - Sim... quer dizer, não. Não é isso. Eu gosto de você sim, te admiro muito. Você sempre foi uma excelente pessoa, sempre esteve comigo em todos os momentos que precisei. Sabe cuidar da casa como ninguém e ainda por cima é linda.
Ela: - Nossa, fiquei lisongeada.
Ele: - Ta vendo que reconheço as suas qualidades?
Ela (rindo): - Qualidades? No plural? Querido, vou considerar apenas um elogio porque quero ser generosa. Sim, sou linda. Quanto aos outros elogios, dispenso. Qualquer um que não tenha passagem pela polícia pode ser excelente pessoa. Um cartão de crédito também está presente nos momentos em que mais precisamos. Cuidar da casa? Se o problema é esse, posso te indicar ótimas agências de diaristas.
Ele: - Você entendeu tudo errado.
Ela: Não, você que disse tudo errado. AAAAAAAA, ADORO ESSA MÚSICA!!!

Ela corre para a pista de dança, se junta às amigas e dança fervorosamente uma música de batida eletrônica que ele nunca tinha ouvido. Ele fica distante, perplexo, tentando ouvir seus próprios pensamentos que pareciam inaudíveis com aquela música no último volume.
Enquanto a observava percebeu que haviam outros rapazes dançando enquanto as olhava. Um deles decidiu se aproximar e dançou com uma das amigas que acompanhava sua ex-esposa. Outros dois aproveitaram a deixa e também se aproximaram. As garotas pareciam não percebê-los. Demonstravam não se preocupar com a aproximação daqueles estranhos. Um deles se aproximou da recem solteira e enquanto dançava colocou sua mão na cintura da mulher a ser conquistada. Bastaram apenas alguns segundos para que o ex-marido se aproximasse e atingisse o estranho com um sôco, fazendo-o cair e a pista de dança abrir deixando no centro apenas os três personagens principais daquela cena: O ex-marido, a ex-esposa e o estranho.

Ela: - Você tá louco?
Ele: - Você não viu que ele estava te agarrando?
Estranho: - A gente tava dançando seu babaca. E se você deixa sua mulher na pista é porque...
Ela: - Eu não sou mulher dele.

Várias outras pessoas já tinham se aproximado e tentavam desfazer aquela confusão. A música agora era de uma versão remix de alguma cantora com uma voz bem fina. Misturavam-se àquelas notas agudas os gritos daqueles que estavam metidos na confusão e as outras pessoas presentes que comentavam o ocorrido. O casal se afastou da confusão enquanto as amigas seguravam os rapazes que queriam defender o amigo. E para homens, defender é sinônimo de atacar. O casal foi para um canto e a pista de dança voltou a ficar lotada em segundos. Todos esqueceram o que aconteceu imediatamente.

Ele: - Por que você fez isso?
Ela: - Fiz o quê? Dancei, chamei atenção com aquela beleza que você citou há pouco?
Ele: - Agora você já sabe porque eu não gostava de te levar nessas boates.
Ela: - Então preferia me manter em cárcere privado? Já parou pra pensar que se meu marido estivesse na pista dançando comigo, se eu tivesse um, ninguém se aproximaria de mim? Quanto aos olhares, você já deveria estar acostumado. Eu sou linda, querido. Sou desejada até quando vou comprar pão na esquina.
Ele: - Por favor, vamos embora.
Ela: - Garçon, mais Wisky, por favor. Dessa vez com pouco energético, estou com energia pra passar 7 dias num carnaval ininterrupto. Não querido, eu disse menos energético e não menos wisky. Capricha!

Ele já tinha perdido as forças e a inteligência pra saber conduzir a situação lhe faltava. Decidiu pedir uma cachaça qualquer enquanto assistia sua ex-esposa voltar para a pista. Suas amigas a recebiam às gargalhadas. Dessa vez ninguém se aproximava delas e pelo que ele percebia, nem olhares na direção delas existia. Ele ficou ali quieto, sentado num canto enquanto sua ex-esposa chamava o garçon de 5 em 5 minutos ao mesmo tempo em que seu copo também não permanecia vazio em momento algum.
Poucos minutos foram suficientes para que não se fosse mais percebida a hora passar. E assim a noite seguiu.

O dia amanheceu e o ex-casal estava deitado na sua cama, já em casa, quando ela abriu os olhos e parecia que tinha um holofote de milhões de volts apontado em sua direção. Seus olhos estavam pesados, a garganta doendo, a cabeça fervendo os neurônios. Ela olha para o lado e vê o ex-marido deitado. Algo lhe dizia que quando ele acordasse teria as mesmas âncias de vômito que naquele momento ela sentia.

Ela: - Ei, acorda. Ai. Ei, vai tomar um banho, parece até que você mergulhou numa psicina de cachaça. Ai minha cabeça. Como foi que eu cheguei em casa? Levanta, precisamos arrumar sua mala.
Ele: - Ham? O que foi que aconteceu? Algum tanque de guerra passou por cima de mim depois de eu ter sido atropelado por um trem bala ou é impressão minha?
Ela: - É impressão. O tanque estava ocupado atirando uma bomba em mim. Já o trem, não se preocupe, não existe trem em nossa cidade.
Ele: - Engraçadinha. Será que agora a gente pode conversar?
Ela: - Meu Deus do céu, ele não vai desistir nunca? Não sei de quem foi a ideia de te trazer aqui pra minha casa, mas seja lá quem for, vai se ver comigo.
Como será que isso tudo vai acabar?

QUER QUE EU CONTINUE?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Notícia

Por Raí Silva
5 ANOS DE CASAMENTO DEPOIS...

Ele: - Precisamos conversar. Eu não sei o que está acontecendo comigo. Estou confuso, preciso de um tempo.
Ela (fazendo uma ligação): - Amiga, mudança de planos. Vou com vocês. Que horas te encontro? Ok. Beijos.
Ele: - Vai pra onde?
Ela: - Agora? Tô indo me arrumar.
Ele: - Se arrumar, como assim? Pra quê?
Ela: - Você não acha que vou sair por aí desarumada, acha?
Ele: - Sair por aí? Você ouviu o que eu falei há pouco?
Ela: - Sobre o tempo? Ouvi perfeitamente.
Ele: - E não vai me dizer nada?
Ela: - Vou. O tempo começa agora. Salve-se quem puder! Alguém me segure! (Rindo, vai para o banheiro)
Ele: - Eu não estou achando graça. Estou falando sério com você. Por que você trancou a porta?
Ela: - Sou uma mulher de respeito, estou no banheiro nua e não posso deixar qualquer um me ver sem roupa.
Ele: - Mas eu sou seu ma... Dá pra você parar com essa palhaçada?
Ela (saindo do banheiro): - Dá pra você ficar de costas? Preciso me vestir.
Ele: - Eu já te vi sem roupa durante anos, por que não posso vê-la agora?
Ela: - Simples, querido. Você me viu sem roupa quando estávamos namorando, quando eramos noivos e enquanto estivemos casados. Nenhuma das circunstâncias se aplicam ao atual momento, portanto de costas, por favor!
Ele: - Faz o seguinte, estou lá em baixo, na sala, esperando você se acalmar e a gente volta a conversar feito adultos. Sei que é difícil pra você, mas tem que ser forte. A gente vai ficar bem. Enfim, estou lá em baixo.
 1 hora e 25 minutos depois ela passa pela sala, com um vestido vermelho curto, saltos, maquiagem caprichada, brincos grandes e cabelos milimetricamente penteados.

Ela (olhando para o espelho, fazendo os últimos retoques no batom): - Já sabe onde vai ficar?
Ele: - Onde vou ficar? Como assim?
Ela: - Onde vai morar, querido?
Ele: - Morar?
Ela: - Vai ficar repetindo tudo que eu digo? Olha, espero que não tenha que voltar pra casa de sua mãe. Aquela cascavel não vai achar isso legal.
Ele: - Por que está chamando minha mãe assim? Vocês sempre se deram tão bem.
Ela: - Aquela ali nunca prestou e sempre estive com os olhos bem abertos pra ela. Agora como não preciso ter nenhum vínculo com ela, não preciso mais fingir que gosto de quem não gosta de mim.
Ele: - Por que você está agindo assim?
Ela: - Nossa, você inicou este assunto de forma tão decidida, tão incisiva, tão cheio de certezas. Por que agora está fazendo tantas perguntas? Por mim esta conversa ja teria acabado desde a sua primeira frase. Depois disso é completamente desnecessário conversar sobre o assunto.
Ele: - Mas e tudo que vivemos durante esse tempo que estivemos juntos? Precisamos conversar sobre isso.
Ela: - Opa, essa frase era minha. Vamos fazer o seguinte, como eu sei que você é muito desorganizado, amanhã pela manhã arrumaremos suas malas juntos, vou te dando as orientações sobre como dobrar as camisas e aí conversamos mais sobre isso, apesar de que acho super desnecessário...

Barulho de buzina.

Ela: - chegaram.
Ele: - Quem, chegaram?
Ela: - Beijinho, até mais.

Ela abre a porta, ele se apressa, pega a carteira e vai atrás. Ela entra no carro junto com outras duas amigas, ri e com pressa pedi pra irem logo. Ele entra no carro dele e vai seguindo o automóvel que está sua ex-esposa.
...

(Quer que eu continue?)